domingo, 25 de julho de 2010

Quando a desesperança reina...


"Espera...
A espera cansa qualquer corpo de qualquer ser.

Esperança...
A esperança da recuperação se esvai... Contudo, o doente não sou eu.
Vergonha...
Sinto vergonha por aquele que se entrega sem querer lutar.

Medo. Tenho medo por aquele que me ensinou a enfrentá-lo.
Alguém... Ajude-o... Porque eu já não posso mais.
Anjos... Sussurrem em seu ouvido... Pois cansei de gritar.
Minha garganta se torna árida e engulo em seco ao vê-lo tomar mais um pouco para depois eu saber que já foi demais.

Covardia...
A covardia de quem se esconde na noite sonolenta de meus olhos fechados para cometer seu crime.
Ilusão amarga, pois na manhã que nasce bêbeda meu olhar saberá.
E pior se forem meus ouvidos e não meus olhos.
Pois a pessoa a quem ele mais magoa é quem me contará.
Será ela que sofrerá mais por perder quem ama.
Mas eu é que irei observar seus olhos decepcionados sem brilho.
Serei eu a escutar o tom grave da esperança que foge pela sua voz.

Alguém... Ajude-o... Já não podemos mais.
Alguém pare aquele copo... Não tenho mais forças para isso.
Por favor... Quebrem a garrafa, joguem-na no chão como tantas vezes quis fazer, mas a covardia me segurou.

O amor destroçado e a esperança humilhada me impedem.
O respeito já escapou pela janela a muito tempo.
Da seda rubra de meu coração de filha, só me resta uma tira rasgada que perde seu último brilho.

Por favor... Ajudem-me, pois não o conheço mais."


06/10/2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Esperança no fim de um dia qualquer...


"Meus pés me carregam em passos silenciosos
Ironia, eles marcam de silêncio o local que chama atenção por seus ruídos...

Passo como aquele que faz questão de apenas observar os próprios pensamentos.

Já fui parte deste lugar, hoje esse se tornou somente uma pequena parte minha
Não pense que não tento unir-me a ele novamente!
Mas o cansaço das mesmoas situações me impede de tentar mais uma vez...

Meus lábios diminutos e rubros tem a carne superior colada a inferior
Minha voz adormece tranquila na garganta, nas cordas da onde nascem.
Ouço frases proferidas por pessoas que são, ao mesmo tempo, conhecidas e tão desconhecidas quanto um estranho que vês na calçada
Não pertenço mais a esse edifício que guarda belas lembranças que rememoro em momentos de nostalgia.
Novamente meus dedos alvos acariciam as páginas para a retomada de uma história, palavras...
São a minha fuga.

Que belo descanço o livro silente me traz em seus personagens...
Passo as páginas como uma carícia naquele que me conforta
Mas logo meus passos se fincarão nas escuras pedras dos caminhos por aqui

E, por fim, quando as horas passarem, procurarei ver em minha mão um brilho ofuscante de amor... Buscarei um doce beijo materno depositado em minha face... E esperarei até ouvir a bela voz de uma velha amiga ou de um meigo namorado.

É...
Essa é a minha esperança...

Essa... É a minha alegria."


11-05-2009

domingo, 28 de junho de 2009

Anseio de um reencontro


"4 dias parecem 8...

Teu sorriso gravado em minha mente
Lembranças tuas invadem as horas que passam por mim

A proteção que teu abraço morno possui, faz falta ao meu corpo
Corpo este que é forte e, ao mesmo tempo, frágil quando ao seu lado

Nada me tranquiliza mais que sua suave e grave voz
Principalmente quando me lembras: Eu te amo.
Nada felicita-me tanto quanto saber que no amanhã que se arrasta pela noite, que é fria sem teu calor, irei fitar teus olhos doces...

Carinhosos...

Que com delicadeza e força mostram-me teu sentimentoa cada olhar direcionado para minh'alma.
E esta infla, ilumina-se com o amor que faz pulsar-me o coração."


17/04/2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Doces Teclas do Sentimento Humano


"Meus dedos claros pressionam com leve ardor as teclas
A melodia aveludada acaricia-me os ouvidos

Havia toda uma harmonia naquela simples interação entre aquele objeto e eu

Sim, eu sentia a música tocar minh'alma

Mas a culpa era de meu coração, do amor nele contido que deixa-me sensível, feliz e com a tranquilidade que tanto almejei."


02/04/2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sentido da Pena


"Tenho pena...

Pena de meus cabelos sem tuas mãos reclamando a posse dos mesmos...
Pena de minha boca que se fere sem provar do teu lábio...
Pena de meu corpo tão gélido sem o calor do teu...

Mas não há pena de mim, que a cada dia felicito-me mais com seu amor."



02/04/2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pequenos Detalhes Inesquecíveis


"Deito-me em leve tecido azul enquanto este separa-me das folhas secas e macias
Fito-te caminhando e sendo protegido pela larga copa verde por onde raios de Sol vem me tocar a pele alva
Olhas para mim, e deitas ao meu lado

Palavras doces saem de teus lábios para os meus
Pensamentos mudos penetram os nossos olhares
E tua mão em minha cintura lembra-me de que és real

O chocolate de tua íris banhada da dourada luz solar me mostra a beleza de tua alma

Por fim o encontro de corpos num abraço me fazem derramar a lágrima que corre feliz por minha face."


30/03/2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Alegria de Viver um Grande Amor


"Já não sou aquele anjo que aguarda a chuva para se encher da vida admirada
Agora vejo o ser vivo que sou, mas ainda mais que isso...

Sinto... Sinto-me novamente como há tempos não sentia

Meu tato me revela segredos em seu toque
Minha audição me passa o frio pela pele que sua voz me causa
Teu gosto inunda meu paladar, mas teu cheiro ainda é um mistério só seu
Meus olhos te fitam com o amor que pensei nunca poder sentir

Não mais observo e assisto
Eu sinto e vivo

A crosta de gelo do lago se rompe, e a água não estava gelada
Aqueceste-me, e te amo do jeito exato que és..."


30/03/2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

Liberdade Aprisionada


"Quanto tempo pode durar um pássaro em sua gaiola dourada?
Existem três formas em que esta ave pode estar:

I- Acostumar-se e contentar-se com a brisa que entra por alguma janela. Este será o único vento sob a asa atrás das delicadas grades. Mas cantar mesmo assim.

II- Deprimir-se, reduzir teu canto a lamentos de saudades, a desejos incompletos. Não alimentar-se, cansar de debater-se. Até que enfim, num último sopro de vida você se despeça da bela prisão e daqueles que te prenderam por amor. E voe livre para algum lugar onde sua alma sinta-se reconfortada.

III- Lutar contra a prisão... Arremessar o frágil corpo de encontro às belas barras metálicas com cor d'ouro. Ferir-se até que não seja mais capaz de sentir a dor das fendas sem as lindas penas, agora banhadas em sangue.
Até que entendam que apesar da proteção e do amor, um pássaro precisa do céu azul, dos galhos que acolhem e do ar correndo livre, acariciando as asas sadias.
Tentar fazê-los entender, ou morrer tentando.

O que você faria?"

23/01/2009