quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sentido da Pena


"Tenho pena...

Pena de meus cabelos sem tuas mãos reclamando a posse dos mesmos...
Pena de minha boca que se fere sem provar do teu lábio...
Pena de meu corpo tão gélido sem o calor do teu...

Mas não há pena de mim, que a cada dia felicito-me mais com seu amor."



02/04/2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pequenos Detalhes Inesquecíveis


"Deito-me em leve tecido azul enquanto este separa-me das folhas secas e macias
Fito-te caminhando e sendo protegido pela larga copa verde por onde raios de Sol vem me tocar a pele alva
Olhas para mim, e deitas ao meu lado

Palavras doces saem de teus lábios para os meus
Pensamentos mudos penetram os nossos olhares
E tua mão em minha cintura lembra-me de que és real

O chocolate de tua íris banhada da dourada luz solar me mostra a beleza de tua alma

Por fim o encontro de corpos num abraço me fazem derramar a lágrima que corre feliz por minha face."


30/03/2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Alegria de Viver um Grande Amor


"Já não sou aquele anjo que aguarda a chuva para se encher da vida admirada
Agora vejo o ser vivo que sou, mas ainda mais que isso...

Sinto... Sinto-me novamente como há tempos não sentia

Meu tato me revela segredos em seu toque
Minha audição me passa o frio pela pele que sua voz me causa
Teu gosto inunda meu paladar, mas teu cheiro ainda é um mistério só seu
Meus olhos te fitam com o amor que pensei nunca poder sentir

Não mais observo e assisto
Eu sinto e vivo

A crosta de gelo do lago se rompe, e a água não estava gelada
Aqueceste-me, e te amo do jeito exato que és..."


30/03/2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

Liberdade Aprisionada


"Quanto tempo pode durar um pássaro em sua gaiola dourada?
Existem três formas em que esta ave pode estar:

I- Acostumar-se e contentar-se com a brisa que entra por alguma janela. Este será o único vento sob a asa atrás das delicadas grades. Mas cantar mesmo assim.

II- Deprimir-se, reduzir teu canto a lamentos de saudades, a desejos incompletos. Não alimentar-se, cansar de debater-se. Até que enfim, num último sopro de vida você se despeça da bela prisão e daqueles que te prenderam por amor. E voe livre para algum lugar onde sua alma sinta-se reconfortada.

III- Lutar contra a prisão... Arremessar o frágil corpo de encontro às belas barras metálicas com cor d'ouro. Ferir-se até que não seja mais capaz de sentir a dor das fendas sem as lindas penas, agora banhadas em sangue.
Até que entendam que apesar da proteção e do amor, um pássaro precisa do céu azul, dos galhos que acolhem e do ar correndo livre, acariciando as asas sadias.
Tentar fazê-los entender, ou morrer tentando.

O que você faria?"

23/01/2009